sexta-feira, novembro 24, 2006

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Titular do Inter, Hidalgo pode impedir quebra de tabu

Desde 1993, nenhum campeão mundial levou a taça sem ter pelo menos um estrangeiro em campo no jogo decisivo. Peruano deve jogar na ala esquerda.

Evandro César Lopes, especial para o Pelé.Net

PORTO ALEGRE - Classificado para o Mundial de Clubes da Fifa, em dezembro, o Internacional, não fosse o peruano Hidalgo, poderia quebrar um longo tabu. Desde 1993, todas as equipes que conquistaram o planeta tinham ao menos um estrangeiro entre os titulares.

O último time a garantir o mundial com uma base genuinamente nacional foi o São Paulo, de Telê Santana, no início da década de 90. Desde então, estrangeiros passaram a ser peças fundamentais dentro dos vitoriosos elencos.

Até mesmo o próprio São Paulo contou, em 2005, com um "forasteiro" para levantar o mais importante título de clubes. O uruguaio Lugano comandou a defesa tricolor quando o time do Morumbi derrotou o Liverpool na decisão. Cinco anos antes, o Corinthians, do colombiano Rincón, fez a festa no Maracanã ao bater o Vasco.

Tido como o provável rival do Internacional na final, dia 17, o Barcelona tem como principal destaque o brasileiro Ronaldinho Gaúcho. O camaronês Eto'o, outra estrela, só não jogará porque está lesionado.

O Porto venceu o jogo no Japão em 2004 com nada menos do que seis estrangeiros. Os brasileiros Diego, Carlos Alberto, Derlei e Luis Fabiano além do grego Seitaridis e o sul-africano McCarthy, estiveram em campo.

A tradição de incorporar estrangeiros na equipe, aliás, é muito maior entre os europeus. Os últimos cinco clubes do velho continente que trouxeram o Mundial contaram com mais de 50% de suas formações titulares compostas por atletas de outros países. Real Madrid, Manchester United, Bayern de Munique e Porto foram os responsáveis por elevar o moral dos estrangeiros.

Entre os jogadores do Inter, o meia-atacante Iarley já engrossou a lista dos campeões do mundo com nacionalidade distinta da equipe representada. O brasileiro esteve presente no título do Boca Juniors, da Argentina, na vitória sobre o Milan, em 2003, nos pênaltis, após empate por 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação.

"Lá a cobrança era muito grande pela conquista do título. Lembro muito bem daquela final. Me orgulho por ser brasileiro e ter jogador até o final", lembra Iarley, que vai retornar à disputa de um Mundial no mês de dezembro, quando o Colorado inicia sua trajetória rumo à taça.

Reserva, mas ainda esperançoso, Vargas acredita que a presença dos estrangeiros seja fundamental para trazer o título. "A experiência de jogadores de fora é sempre importante. Estou tranqüilo e vou continuar trabalhando para ganhar um lugar ao sol", explicou. Além de Hidalgo e Vargas, Abel Braga ainda tem à disposição o atacante colombiano Rentería, tido como "arma secreta" pela torcida, mas com pouco prestígio perante o treinador, que mostra clara preferência pelos brasileiros.

Na conquista da Libertadores, por exemplo, o Colorado trouxe a taça de campeão continental apenas com jogadores "feitos em casa". Nenhum atleta de fora atuou com a camisa do time gaúcho no empate contra o São Paulo por 2 a 2, no Beira Rio.

Um comentário:

Anônimo disse...

Não consegui ler ainda teu post!Volto mais tarde! Beijão!