sexta-feira, março 23, 2007

Parceria x Grana própria

A matéria que saiu hoje, quinta, no globo.com define bem como os "parceiros" querem obter o retorno financeiro. Olhem a matéria.

Nesta hora, podemos entender o porque do Fernando Carvalho, ter declinado das propostas deste tipo de parceria. Ao mesmo tempo a escolha por fazer tudo com recursos próprios, faz com que todas as receitas provenientes do empreendimento sejam do clube. Certamente não teremos em Porto Alegre, no Beira-Rio, um empreendimento do nível das melhores arenas do mundo, porém teremos um estádio bonito, arrumado, confortável (dentro do possível) mas gerando receitas para o clube.
Eu gostaria de ver o Inter com um empreendimento no entorno do estádio de alto nível com diferentes atrações. O Museu, uma loja maravilhosa, um estacionamento bem estruturado, um hotel de frente ao Guaíba, e um parque gigante com mais atrações, como restaurantes à beira do rio, com trapiche, ou que ficasse em cima do rio.

2 comentários:

Guilherme Mallet disse...

É Ricardo, concordo contigo que essas parcerias podem ser perigosas.

Não tenho uma opinião totalmente formada sobre isso, mas acredito que o que ocorre é uma "privatização" do Clube, o qual perde sua autonomia.

O Clube fica sem recursos provenientes do Estádio, por outro lado o torcedor ganha em profissionalismo no seu atendimento.

O que ocorre, é que esse profissionalismo pode ocorrer com os recursos do próprio clube, basta querer e, como tenho dito, rever a visão que o clube tem do seu torcedor (principalmente aqueles que frequentam os jogos). Esse é o ponto chave da questão.

Não basta parecer um estádio moderno, é preciso ser um estádio moderno e para isso é preciso atender o torcedor como um cliente. E, claro, re-estruturar o estádio para atende-lo dessa forma.

Sobre isso, recomendo a leitura deste texto que já "linkei" no meu Blog:

http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/0,,AA1400206-4482,00.html

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Sobre a reportagem, alguns pontos são interessantes.

1) O Rio está com um Maracanã reformado e com o quase inaugurado Engenhão. Haveria necessidade e viabilidade econômica de mais um Estádio?

2) Porque o Fluminense iria entrar nessa aventura, tendo dois grandes palcos a sua disposição. Apenas para ser o único carioca com um bom estádio próprio?

3) Porque a maior e mais rica cidade do país não recebe esses grandes investimentos???

4) Se toda arena nova custa em torno de 370 milhões (essa do Flu), 308 (Ba-Vi), 500 (Corinthias)... o que o Grêmio espera construir com R$ 100 milhões?

Anônimo disse...

Xará, eu sempre achei, e continuo achando, que seria melhor demolir o Gigante e construir um novo no lugar ou, no mínimo, fechar o Beira-Rio e fazer uma grande reforma estrutural.

Quanto a uma parceria para a construção, eu entregaria todos os espaços para o investidor, exceto as arquibancadas, camarotes, etc. Ou seja, não entregaria nada que se referisse aos jogos de futebol.

Se aceitassem, ótimo, senão, adeus.