sexta-feira, dezembro 01, 2006

A febre das arenas

Agora está confirmado, existe uma febre nacional para a construção de arenas esportivas. O mais novo infectado por esta doença é o Flamengo, que anunciou hoje a nova Arena da Gávea, um empreemdimento para 30 e poucas mil pessoas, no formato multiuso, com áreas de entreterimento, locais de eventos e shows.

O detalhe mais interessante desta história é: custo da obra 1 real.

Olha que quando o milagre é grande demais o santo desconfia. Pelo jeito os clubes devem estar vendendo a alma ao diabo para construção destes estádios/arenas. As fontes de receitas dos clubes são associados, bilheteria, cotas de televisionamento, patrocínios e venda de jogadores. Será que só das bilheterias e dos eventos culturais e aluguéis destes espaços, estes estádios tem condições de ser construídos e, darem o retorno financeiro aos Invetidores? no caso do Flamengo, investimento de 100 milhões de reais, no do Grêmio 120 milhões?

O Fla, apesar de tudo o que passou, nos últimos anos, ainda tem uma marca muito forte pela exposição de a Globo deu à ele na década de 70 e 80. É, segundo o datafolha, a maior torcida do Brasil, com 15% da população com sua torcedora, totalizando uma torcida estimada em 27,9 milhões de torcedores. E esta marca pode ser muito importante neste momento de busca dos investidores.

O estádio do Flamengo, está ainda em um bairro nobre do Rio de Janeiro, o que situa este empreendimento multientretenimento em uma população de alta renda e que podem consumir todos os serviços que o local pode apresentar.
Analisando muito friamente, a questão do espaço, local etc. A gávea está em local muito parecido com o que ocorre com o Inter, até hoje, o estádio mais bem localizado que conheci é o Beira-Rio, dentro é claro dos principais clubes do Brasil. O Morumbi, está em um bairro nobre de SP, o que dá a ele, um valor mobiliário enorme, porém carece de espaços para estacionamento, e capacidade de expansão e modernização do estádio. O mineirão e o Maracanã, são públicos, o Olímpico é naquele buraco dele, sem capacidade de expansão. Não conheço os estádios do Paraná, mas mesmo a arena do Atlético situa-se em uma região residencial que não permite muita coisa no que se refere à conforto e expansão. Os outros, Palmeiras e Santos, não dá para considerar suas instalações como estádios comparáveis aos que estou falando.

3 comentários:

Rafael Severo disse...

Que estranha conicidência a maioria dos clubes estarem falando em suas arenas simultaneamente...
Ontem eu ouvi uma entrevista do Giovani Luigi (cotado pro futebol colorado ano que vem) dizendo que a questão da cobertura não é bem assim. Pelo que compreendi, será feita uma avaliação interna pra saber onde investir os recursos, se na cobertura ou na aproximação das arquibancadas ao campo de jogo. Imagina só, o Beira-rio iria virar uma super-arena, pois as arenas são estreitas em tamanho. Seria um caldeirão infernal pros adversários!!! E se os outros clubes realmente construírem suas ditas arenas terão um forte diferencial em termos de pressão de torcida. Éntão, pra não haver desequilíbrio técnico penso que a questão da aproximação das arquibancadas no Beira-rio seja fendamental. Depois poderia ser feita a cobertura. Pelo menos pra mim, as arquibancadas novas vêm primeiro.

Anônimo disse...

Ricardo Aragonés,
Acho que tu está equivocado quando a situação da localização da sede do Flamengo, a Gávea. Ela fica em uma região crítica no que se refere ao acesso, o trânsito ali é infernal. Não acho que seria uma boa construir ali. Há um tempo atrás, antes dessa notícia, estava conversando com um amigo flamenguista e ele concordou comigo que o melhor seria trocar aquela área que é super valorizada por um estádio construído em alguma outra região do Rio, talvez a zona oeste, onde fica a barra e o Recreio, lá há muitas áreas fazias e de melhor acesso.

Caco e Su...... disse...

Ricardo, me expressei mal.. COloquei a Gávea no mesmo nível do BR porque ela tem um poder aquisitivo muito alto na sua volta.